domingo, 30 de agosto de 2009
Bases dos EUA na Colômbia ofendem dignidade e inteligência
Galeano: Sim, há um tempo aberto de esperança, uma espécie de renascimento que é digno de celebração em países que não chegaram ainda a ser independentes, apenas começaram um pouquinho a sê-lo. A independência é uma tarefa pendente para quase toda a América Latina
Com toda a irrupção social que se vem dando ao longo do hemisfério, se pode dizer que há uma acentuação da identidade cultural da América Latina?
Galeano: Sim, eu acho que sim e isto passa certamente pelas reformas constitucionais. Ofendeu a minha inteligência, além de outras coisas que senti, o horror deste golpe de Estado em Honduras que invocou como causa o pecado cometido por um Presidente que quis consultar o povo sobre a possibilidade de reformar a Constituição, porque o que queria Zelaya era consultar sobre a consulta, nem sequer era uma reforma direta. Supondo que fosse uma reforma da Constituição, que seja bem vinda, porque as constituições não são eternas e para que os países possam realizar-se plenamente têm que reformá-las.
Eu me pergunto: o que seria dos EUA se seus habitantes continuassem obedecendo à sua primeira Constituição? A primeira Constituição dos EUA estabelecia que um negro equivalia às três quintas parte de uma pessoa. Obama não poderia ser Presidente porque nenhum país pode ter como mandatário as três quintas partes de uma pessoa.
Você reivindica a figura do presidente Barack Obama por sua condição racial, mas o fato de manter ou ampliar a presença norteamericana mediante bases militares na América Latina, como está acontecendo agora na Colômbia com a instalação de sete plataformas de controle e espionagem, não desdiz das verdadeiras intenções desse mandatário do Partido Democrata, e simplesmente segue ao pé da letra os planos expansionistas e de ameaça de uma potência hegemônica como os EUA?
Galeano: O que acontece é que Obama não definiu muito bem o que quer fazer nem em relação à America Latina, as relações nossas, tradicionalmente duvidosas, nem tampouco em outros temas. Em alguns espaços há uma vontade de mudança expressa, por exemplo, no que tem a ver com o sistema de saúde que é escandaloso nos EUA, se você quebra a perna, tem que pagar até o fim dos teus dias a dívida com esse acidente.
Mas em outros espaços não, ele continua falando de “nossa liderança”, “nosso estilo de vida” em uma linguagem excessivamente parecida com as dos anteriores. Me parece muito positivo que um país tão racista como esse e com episódios de um racismo colossal, descomunal, escandaloso, ocorridos há quinze minutos em termos históricos tenha um presidente seminegro. Em 1942 ou seja médio século, nada, o Pentágono proibiu as transfusões de sangue negro e aí o diretor da Cruz Vermelha renunciou ou foi renunciado porque se negou a aceitar a ordem dizendo que todo sangue é vermelho e que era um disparate falar de sangue negro, e ele, Charles Drew, era negro e um grande cientista, o que fez possível a aplicação do plasma em escala universal. Então um país que fizesse um disparate como proibir o sangue negro ter agora Obama como presidente é um grande avanço. Mas por outro lado, até agora eu não vejo uma mudança substancial. Aí está, por exemplo, o modo como seu governo enfrentou a crise financeira. Pobrezinho, eu não gostaria de estar na sua pele, mas a verdade é que acabaram recompensando os especuladores, os piratas de Wall Street que são muitíssimo mais perigosos que os da Somália porque estes assaltam apenas aos naviozinhos na costa, mas os da Bolsa de Nova York assaltam todo o mundo. Eles foram finalmente recompensados; eu gostaria de começar uma campanha em princípio comovido pela crise dos banqueiros com o lema: “adote um banqueiro”, mas desisti porque vi que o Estado assumiu essa responsabilidade. E da mesma forma com a América Latina, que parece não ter muito claro o que fazer.
Os EUA estiveram mais de um século dedicados à fabricação de ditaduras militares na America Latina. Então, na hora de defender uma democracia como no caso de Honduras, diante de um claríssimo golpe de Estado, vacilam, tem respostas ambíguas, não sabem o que fazer, porque não tem prática, lhes falta experiência, há mais de um século trabalham no sentido oposto, então compreendo que a tarefa não é fácil. No caso das bases militares na Colômbia, não só ofende a dignidade coletiva da América Latina, mas também a inteligência de cada um de nós, porque que se diga que sua função vai ser combater as drogas, por favor, até quando! Quase toda a heroína que se consome no mundo provem do Afeganistão, quase toda, dados oficiais das Nações Unidas que todo mundo pode ver na internet. E o Afeganistão é um país ocupado pelos EUA e como se sabe os países ocupantes tem a responsabilidade do que acontece nos países ocupados, portanto tem algo que ver com este narcotráfico em escala universal e são dignos herdeiros da rainha Vitória que era narcotraficante.
Não se pode ser tão hipócrita
A rainha britânica que introduziu por todos os meios no século XIX o ópio na China através de comerciantes da Inglaterra e dos EUA
Galeano: Si, a celebérrima rainha Vitória da Inglaterra impôs na China ao longo de duas guerras de trinta anos, matando uma quantidade imensa de chineses, porque o império chinês se negava a aceitar essa substância dentro de suas fronteiras que estava proibida. E o ópio é o pai da heroína e da morfina, justamente. Então aos chineses lhes custou muito, porque a China era uma grande potência que podia ter competido com a Inglaterra no começo da revolução industrial, era a oficina do mundo, e a guerra do ópio os arrasou, os converteu em uma piltrafa, aí entraram os japoneses como anel ao dedo, em quinze minutos. Vitória era uma rainha traficante e os EUA, que tanto usam a droga como pretexto para justificar suas invasões militares, porque disso se trata, são dignos herdeiros desta feia tradição. Me parece que já é hora que acordemos um pouquinho, porque não se pode ser tão hipócrita. Se vão ser hipócritas que o sejam com mais cautela. Na América Latina temos bons professores de hipocrisia, se querem podemos em um convênio de ajuda tecnológica mútua emprestar-lhes alguns hipócritas nossos.(...)"
Escritor uruguaio Eduardo Galeano, em entrevista concedida a Fernando Arellano Ortiz
via http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16127
Acto poético
Estado fez muitos papéis e pouca obra para salvar a orla marítima
Há dez anos que o bairro da praia de Paramos, em Espinho, construído clandestinamente há décadas, está identificado como uma zona de risco da orla costeira. O plano de ordenamento da zona, aprovado em 1999, prevê a retirada dos cerca de cinco centenas de habitantes da bairro, mas até hoje pouco passou do papel. Mais de 30 barracas chegaram a ser demolidas e os seus moradores realojados num complexo da freguesia. Mas como o desalojamento total acabou por não se realizar, alguns acabaram por voltar ao velho bairro, ocupando terrenos deixados vazios pelas demolições.
Este é só um exemplo dos muitos que se multiplicarão ao longo dos 971 quilómetros da costa portuguesa. Há problemas identificados ao nível da preservação ambiental da costa e da segurança das populações que a habitam e frequentam e há inúmeras intervenções planeadas para os resolver. Mas elas tardam em ser executadas. E, por vezes, essa demora tem consequências trágicas, como o incidente que há uma semana vitimou mortalmente cinco pessoas na praia Maria Luísa, em Albufeira.
Uma das razões apontadas para esta demora é a multiplicidade de entidades com competência na gestão costeira. Fernando Seara, presidente da Câmara de Sintra, sintetizou o problema: "Em Sintra há demasiadas pessoas a mandar na costa e depois ninguém manda." Por causa da crónica instabilidade das arribas na praia do Magoito, Seara enumera a necessidade de intervirem a Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Tejo, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, o Parque Natural, a capitania do porto de Cascais. Este ano, a praia do Magoito não hasteou a bandeira azul: porque as arribas permanecem instáveis, apesar de a ARH do Tejo ter definido como "prioritária" uma intervenção na zona. Mas que até agora não a concretizou. (...)"
Público
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1398249
Este governo tem muita conversa, muitos estudos, mas a realidade, a prática deixa muito a desejar. Lamentável
sábado, 29 de agosto de 2009
Saúde nos EUA
Resultado, 18 mil cidadãos norte-americanos morrem por ano, exclusivamente por não terem acesso ao atendimento médico de que necessitam. Equivale a seis 11 de setembro ao ano, todos os anos, ano após ano. E os Republicanos acusaram de “matadores” os Democratas que tentam deter esses milhares de mortes –, e já conseguiram pô-los na defensiva.
Os Republicanos defendem o sistema existente, dentre outros motivos porque recebem gigantescas somas de dinheiro das empresas médicas privadas que se beneficiam do sistema que gera muitas mortes e muitos lucros. Mas não podem defender diretamente o sistema mortal, porque 70% dos norte-americanos consideram “imoral” defender um sistema de assistência médica que não oferece cobertura a todos os cidadãos. Então, os Republicanos são obrigados a inventar mentiras que operem o prodígio de fazer soar como depravação qualquer plano para estender a cobertura médica.(...)"
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
379 políticos têm pensão vitalícia
Providência cautelar contra milho transgénico em Salvaterra de Magos
via http://gaia.org.pt/node/15031
GAIA - Grupo de Acção e Intervenção Ambiental
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Itália: Encerrada casa-museu onde nasceu pintor Modigliani
De acordo com a imprensa local, Guido Guastalia, proprietário de metade do imóvel, revogou o contrato de aluguer da parte que possui alegando motivos pessoais, o que levou ao encerramento do espaço de interesse cultural e artístico localizado no número 38 da rua Roma de Livorno.
O outro irmão, Giorgio Guastalia, é director da casa-museu e presidente da sociedade gestora, sendo co-proprietário dos restantes 50 por cento do imóvel, um dos poucos elementos que ligam Modigliani à cidade natal.
Giorgio Guastalia já exprimiu o desejo de chegar a um acordo com o irmão para reabrir o museu.
No primeiro piso, onde nasceu o pintor no seio de uma família pobre, encontra-se uma ampla documentação didáctica sobre a vida e a obra dos anos passados em Livorno (1884-1906) e os da maturidade artística, já em Paris, de 1906 a 1920, altura da morte por meningite tuberculosa.
A pintura de Modigliani, cuja primeira exposição fez escândalo por mostrar nus na vitrina de uma galeria parisiense, destacou-se numa época em que a arte pictórica, confrontada com a fotografia, lutava para conquistar um espaço próprio. "
Diário Digital
É sempre de lamentar quando espaços destes são encerrados.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
12 000
Público
O combate por que muitos lutam não é só referente ao desemprego, mas também ao trabalho precário.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Serviços secretos do Estado espiam organismos públicos
"O Serviço de Informações de Segurança (SIS) e o Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) estão a colocar espiões nas instituições públicas, noticia hoje o "Correio da Manhã".
Esta medida, que visa o combate à criminalidade e ao crime financeiro, não tem sido muito bem acolhida por parte de alguns funcionários públicos, avançou uma fonte próxima do processo ao jornal.
"Alguns protocolos [com organismos públicos] já estão a ser feitos, outros estão a avançar devagarinho e outros estão mais difíceis de conseguir", um sinal de que esta iniciativa, apesar de prevista na lei orgânica do SIRP, do SIS e do SIED, está a suscitar resistência entre alguns responsáveis da Administração Pública, frisou a referida fonte ao "Correio da Manhã".
Mediante assinatura destes protocolos, os serviços secretos do Estado passam a colocar agentes em organismos públicos, como a Administração Interna, Ministério dos Negócios Estrangeiros e Finanças, para o "combate à criminalidade e ao crime financeiro", à semelhança do que já acontece noutros países, explicou uma outra fonte conhecedora da situação.
Este processo está a ser acompanhado pelo Conselho de Fiscalização do Serviço de Informações da República Portuguesa, actualmente presidido por Marques Júnior, que assegurou que vai prestar "especial atenção à celebração deste protocolos" em 2009"
domingo, 23 de agosto de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Metade dos emigrantes trabalha em situação precária - DN
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"Dos 120 mil portugueses que saíram do País para trabalhar na construção, 60 mil estão em condição irregular. Têm contratos ilegais e muitos nem recebem subsídios de alimentação"
DN
É dramática a situação destas pessoas. Saem de um país em busca de algo melhor e aquilo que encontram é tão ou mais dramático do que se passa por cá.
Casos de Violação: Medicina Legal sem peritos
O alerta surgiu após a RTP ter noticiado esta quarta-feira o caso de uma menor alegadamente violada que se deslocou ontem à noite ao hospital de Santa Maria, em Lisboa. Foi pedido à menor que esperasse até às 08h00 sem beber água, tomar banho ou lavar os dentes para não eliminar eventuais vestigíos uma vez que, em Agosto, o IML não dispõe de peritos disponíveis durante a noite.
De acordo com o IML apenas três médicos asseguram as peritagens em casos de violação numa escala que de segunda a quinta-feira é entre as 08h00 e as 18h00 e de sexta-feira a domingo funciona 24 horas por dia.
O pai da menor atendida ontem em Santa Maria reclamou desta situação e alega que hospital de não prestou apoio psicológico à filha. "
Correio da manhã
Como é possivel que se diga a uma criança que acabou de ser violada que aguarde até às 8h do dia seguinte para ser examinada?E que espere até essa hora para se lavar?
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Desemprego em Portugal atinge maior nível em 23 anos
Lusa
O desemprego aumenta, as condições de vida das pessoas pioram.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
A Máquina Fotográfica
que se revela a água
água imagem
água nítida e fixa
água paisagem
boa nariz cabelos e cintura
terra sem nome
rosto sem figura
água móvel nos rios
parada nos retratos
água escorrida e pura
água viagem trânsito hiato.
Chego de longe. Venho em férias. Estou cansado.
Já suei o suor de oito séculos de mar
o tempo de onze meses de ordenado;
por isso, meu amor, viajo a nado
não por ser português mal empregado
mas por sofrer dos pés
e estar desidratado.
Chego. Mudo de fato. Calço a idade
que melhor quadra à minha solidão
e saio a procurar-te na cidade
contrastada violenta negativa
tu única sombra murmurada
única rua mal iluminada
única imagem desfocada e viva.
Moras aonde eu sei.
É na distância
onde chego de táxi.
Sou turista
com trinta e seis hipóteses no rolo;
venho ao teu miradoiro ver a vista
trago a minha tristeza a tiracolo.
Enquadro-te regulo-te disparo-te
revelo-te retoco-te repito-te
compro um frasco de tédio e um aparo
nas tuas costas ponho uma estampilha
e escrevo aos meus amigos que estão longe
charmant pays
the sun is shining
love.
Emendo-te rasuro-te preencho-te
assino-te destino-te comando-te
és o lugar concreto onde procuro
a noite de passagem o abrigo seguro
a hora de acordar que se diz ao porteiro
o tempo que não segue o tempo em que não duro
senão um dia inteiro.
Invento-te desbravo-te desvendo-te
surges letra por letra, película sonora,
do sendo à vogal do tema à consoante
sem presença no espaço sem diferença na hora.
És a rota da Índia o sarcasmo do vento
a cãibra do gajeiro o erro do sextante
o acaso a maré o mapa a descoberta
dum novo continente itinerante."
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Adiado julgamento da jornalista acusada de vestir calças - Sudão
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Diário de Noticias
Como é possivel que em pleno século XXI, isto aconteça?
É irreal que uma mulher vá a julgamento por usar calças
Violência doméstica no Paquistão passa a ser proibida por lei
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
CDU acusa JP Sá Couto de ilegalidades
E as questões à volta do magalhães continuam.
E para completar a história, uma trabalhadora, assim que se soube que era sindicalizada, foi despedida.
Sendo esperado mais deste "trabalho estável".
Combates tribais deixam mais de 160 mortos no Sudão
Cem mulheres e crianças, 50 homens e 11 soldados morreram domingo nos confrontos entre as tribos Murele e Lo Nuer, declarou à AFP Goi Jooyul Yol, um dirigente local da região de Akabo, onde foram registrados os enfrentamentos.
"Temos 161 mortos confirmados até agora, e a busca por outros corpos continua", disse Yol.
A situação em Akobo, no estado de Jonglei (sudeste) "está tensa, e as pessoas que fogem dos combates continuam chegando aqui", destacou o dirigente em Bor, a capital de Jonglei.
"As pessoas estão famintas, e a situação é grave", alertou.
Um funcionário da ONU, que não quis ser identificado, informou que "160 pessoas, entre as quais muitas mulheres e crianças, foram mortas em combates entre etnias rivais".
Em Nova York, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou os ataques e pediu às autoridades locais que prendam os responsáveis e tomem as medidas necessárias para proteger os civis.
"O secretário-geral está muito preocupado com o ataque em Akobo. Ele condena o assassinato de 161 pessoas, entre elas mais de cem mulheres e crianças", diz um comunicado transmitido por sua porta-voz, Michèle Montas.
Os enfrentamentos entre tribos, que acontecem por motivos como roubo de gado, disputas sobre a posse de recursos naturais ou vingança, são frequentes no sul do Sudão, uma ampla região subdesenvolvida assolada por 22 anos de guerra civil contra o norte do país (1983-2005).
A nova onda de violência, que começou no início deste ano, no sul do Sudão, faz temer uma nova guerra civil, desta vez dentro da própria região.
Em abril, 250 pessoas morreram num ataque de combatentes da tribo Murele contra uma aldeia da tribo Lou Nuer. Em março, violentos confrontos na região de Pibor, mais ao sul, deixaram cerca de 750 mortos.
A ONU afirmou que o número de vítimas no sul do Sudão é atualmente superior ao registrado em Darfur, uma província do oeste do país devastada por uma guerra civil."
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Quatro bancos nacionais lucraram 760,7 milhões de euros este semestre - JN
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Jornal de noticias
No mesmo pais temos quatro bancos privados que lucram 4.1 milhões de euros por dia e temos também MAIS DE DOIS MILHÕES DE POBRES.
O sistema capitalista é justo ao permitir tamanhas injustiças económicas e sociais?
quarta-feira, 29 de julho de 2009
BCP: lucros sobem 45,5%
Os resultados ficaram abaixo 12,5 pontos percentuais em relação às estimativas dos analistas.
Segundo dados divulgados pelo BCP à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, o produto bancário aumenta 10,0% e custos operacionais caem 5,2%.
No documento, o BCP sublinha o forte controlo de custos e do risco, num contexto de recessão económica.
O banco esclarece que o resultado líquido incorpora 21,2 milhões de euros que se referem à «contabilização da valia apurada com a dispersão do capital social do Banco Millennium Angola».
A margem financeira caiu 19,7% face ao período homólogo, situando-se nos 675,56 milhões de euros.
Recursos a clientes aumentam
Os recursos de clientes aumentaram 3,6% para 50,94 mil milhões de euros. Os depósitos registaram uma subida de 6,9%.
O crédito a clientes, «excluindo títulos transferidos para a carteira de crédito», aumentou 5,1% para 74,51 mil milhões de euros. Note-se que este crescimento justifica-se, principalmente, pela actividade internacional."
terça-feira, 28 de julho de 2009
Barco com imigrantes afundou-se ao largo do Haiti
Público
Pessoas que vão em busca de uma vida melhor e perdem a vida
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Acesso à entrada do hospital viola a lei
"O acesso à entrada principal do Hospital de Pedro Hispano, em Matosinhos, viola a lei - a rampa tem uma inclinaçãode 10%, o que contraria o decreto 136/2006. A reparação da deficiência vai custar 650 mil euros. "
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650 mil euros?????
UE aceita negociar com os EUA acesso a dados bancários
"Os chefes da diplomacia dos 27 chegaram ontem a acordo para autorizar a Comissão Europeia e a presidência sueca a negociar um acordo que permita aos Estados Unidos continuar a aceder aos dados geridos pela sociedade interbancária SWIFT no âmbito da luta contra o terrorismo.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Petições - Do iva às bandas de garagem
"A assinatura de pelo menos quatro mil cidadãos implica que determinado tema seja discutido no plenário da Assembleia da República. Um momento algo efémero, dado que o tempo é muito escasso. Os peticionários apostam na chamada de atenção dos media para casos variados, desde as matérias fiscais até à defesa das bandas musicais de garagem
O Parlamento vai apreciar amanhã e depois - nas duas sessões plenárias com que termina a actual legislatura - vinte e oito petições de cidadãos que abordam os mais variados temas, desde o apoio efectivo às bandas musicais de garagem (uma proposta da Juventude Comunista Portuguesa) até matérias fiscais complexas, como seja a data de exigibilidade do IVA, que os peticionários querem ver devolvido ao Estado apenas após o recebimento da factura e não no momento em que esta é emitida.
Com dois minutos atribuídos a cada grupo parlamentar, cada petição tem uma espécie de "momento de glória" muito efémero, já que dificilmente se consegue o mínimo de profundidade no debate. Mas será que o trabalho de reunir no mínimo 4000 assinaturas vale a pena face às limitações do debate?
A resposta foi afirmativa nesta sessão legislativa para 592 grupos de cidadãos que se mobilizaram em torno de causas concretas, desde problemas do País até matérias que afectam poucas pessoas ou mesmo de âmbito meramente local.
A entrega de uma petição tem a seu favor a notoriedade pública dada ao tema, com uma série delas a ganhar espaço nas agendas dos media e a poderem ver os grupos parlamentares interessarem-se pelas matérias s propostas sobre as quais podem vir a apresentar diplomas.
A título de exemplo, refira-se que amanhã o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Centro consegue por exemplo ver debatida uma petição em defesa da permanência da Direcção Regional de Economia do Centro em Coimbra.
Já a Plataforma Cívica em Defesa do Património do Hospital de Dona Estefânia e de um Novo Hospital Pediátrico para Lisboa entregou uma petição a solicitar a criação de um novo Hospital Pediátrico na capital.
A Comissão de Utentes de Transporte da Margem Sul quer que a Assembleia da República se pronuncie sobre a integração do passe social da Área Metropolitana de Lisboa, no Metro Sul do Tejo, sem custos adicionais para os utentes.
Já o cidadão Óscar Fernando Soares Oliveira é o primeiro de um grupo que pede à Assembleia da República que se pronuncie acerca da renovação, requalificação e valorização da linha de caminho-de-ferro do Vale do Vouga.
Os funcionários públicos são outro sector bastante activo em matéria de petições. A Comissão Nacional de Trabalhadores da Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo, por exemplo, solicita que o Parlamento promova o debate necessário sobre os vínculos, carreiras e remunerações dos trabalhadores.
Curiosamente existem deputados que decidem patrocinar petições apesar de naturalmente terem por si só poderes para entregarem diplomas.
Muitas vezes esta acaba por ser uma forma de os deputados "ultrapassarem" a falta de apoio da suas próprias bancadas parlamentares para alguns temas politicamente mais delicados .
Neste "pacote" de petições encontra-se uma de que é primeiro subscritor a de José Mendes Bota (deputado do PSD) e que incentiva à concretização do processo de regionalização administrativa."
DN
O poder dos cidadãos
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Clinton pode estar prestes a fechar última fase do acordo nuclear com a Índia
"A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, está reunida com responsáveis indianos para a assinatura de um importante acordo de defesa, que dará o pontapé de partida para a venda de material e tecnologia nuclear dos Estados Unidos para Nova Deli. Na agenda está ainda o clima, a educação e as relações com o Paquistão.Antes do encontro com o primeiro-ministro Manmoham Singh, a chefe da diplomacia de Washington esteve na Universidade de Nova Deli para afirmar que os Estados Unidos “querem aprofundar o conhecimento estratégico” da Índia e encontrar mais pontos em comum com a maior democracia do mundo.Fará parte do acordo militar a venda de 126 caças de combate das empresa Lockheed e Martin y Boeing, caso a Índia não feche negócio com outras empresas europeias. Mas a parte mais espinhosa será um acordo chamado de “vigilância do uso final” que é exigido pela lei norte-americana quando se vende material ou tecnologia nuclear, para garantir que o destino que lhes é dado é realmente civil e não militar, e impedir que possam ser transferidos para terceiros.Se este assunto ficar fechado, Hillary Clinton terminará a primeira visita oficial à Índia da Administração Obama com uma vitória na bagagem."
Público
A questão nuclear desde que nas mãos "certas" não constitui problema. Nas mãos certas, nas mãos "amigas" do momento...
Quando está nas mãos da Coreia do Norte e Irão está nas mãos erradas, quando está nas mãos dos EUA e da India, está nas mãos certas: parece ser esta a ideia que nos é transmitida.
Pois bem por aqui, quaisquer que sejam as mãos, sou contra o nuclear.
domingo, 19 de julho de 2009
Lixo britânico despejado em portos brasileiros
"Dezenas de contentores britânicos carregados de lixo tóxico chegaram ao Brasil e estão a provocar polémica nos dois lados do Atlântico.
"O segredo sujo do Reino Unido" foi o título escolhido pelo diário britânico The Times para abordar esta questão, em termos críticos. O caso foi noticiado por outro jornal de Londres, o Daily Telegraph, que garantia: "Grã-Bretanha larga lixo tóxico no Brasil." Segundo este diário, a ministra britânica do Ambiente, Hillary Benn, ordenou uma rigorosa investigação a duas empre-sas britânicas que estão ligadas a este caso - a Worldwide Biorecyclables e a UK Multiplas Recycling.
De acordo com a BBC, Benn teria admitido à imprensa que as leis que regem o envio de lixo para outros países poderão não estar a ser devidamente cumpridas, como este caso indicia. "Devemos aprender com estas lições", acentuou.
A polícia federal brasileira está a investigar a origem de 89 contentores que foram encontrados nos portos de Santos e Rio Grande, e na alfândega de Caxias do Sul, com centenas de toneladas de lixo. Entre o material encontrado, estariam pilhas, fraldas, seringas e preservativos - tudo material usado. "
DN
O lixo dos paises a norte do equador é despejado nos paises a sul do equador?
Concelhos com mais desempregados: Vila Nova de Gaia, Lisboa e Sintra
sábado, 18 de julho de 2009
TC arrasa terminal de contentores - Alcântara
"O relatório final da auditoria do Tribunal de Contas (TC) ao contrato de exploração do terminal de contentores de Alcântara, em Lisboa – feito entre o Governo, a Administração do Porto de Lisboa (APL) e a empresa Liscont, do grupo Mota-Engil –, foi aprovado esta semana e confirma tudo o que já fora concluído pelos juízes no relatório preliminar.
O plenário dos juízes da 2.ª secção do TC, depois de ouvidos os argumentos quer da APL quer do Ministério das Obras Públicas, manteve a posição inicial de que o contrato feito com a Liscont – sem concurso público e alargando a concessão por mais 27 anos – é ruinoso para o Estado e não acautela o interesse público. E nem sequer faz uma previsão realista do negócio que serve de base ao modelo financeiro e no qual assenta todo o contrato.
«Foi um negócio ruinoso para o Estado», que «só serviu os interesses do promotor», confirmou uma fonte do Tribunal de Contas, sobre as conclusões desta auditoria.
Segundo soube o SOL, as respostas enviadas ao Tribunal pelo Governo e pela APL, para efeitos de contraditório, apenas reforçaram as conclusões negativas dos conselheiros da 2.ª secção. E, em alguns casos, até aumentaram a sua desconfiança relativamente às consequências deste contrato para os interesses do Estado.
Um dos principais problemas colocados pelos juízes do TC prende-se com o facto de não ter sido realizado concurso público para alargar o prazo desta concessão de exploração de um serviço público. O Governo optou pelo ajuste directo à Liscont, alegando que esta empresa privada faria, a suas expensas, as obras de alargamento do terminal de Alcântara, para permitir que, a prazo, o movimento de contentores atingisse o milhão por ano.
O modelo financeiro e as projecções comerciais em que assenta todo o negócio são também duramente questionadas pelo Tribunal de Contas."
Semanário SOL
Não foi realizado concurso público, o interesse público não é salvaguardado e a empresa privada é beneficiada.
São estes os negócios do governo socretino.
Instituto do Sangue defende exclusão de gays
"O presidente do Instituto Português do Sangue (IPS), Gabriel Olim, disse ao DN que a exclusão de homossexuais masculinos da dádiva de sangue "faz todo o sentido. É a opinião de várias organizações internacionais. O objectivo é garantir a máxima segurança do sangue. E os homens que têm sexo com homens têm, geralmente, uma prevalência da infecção maior", diz, acrescentando que este não é um caso de discriminação.
A opinião do IPS, que foi criticada por elementos da Juventude Socialista, é a mesma que foi assumida pelo Ministério da Saúde, que referiu que os homens que têm sexo com homens "constituem um grupo de risco".
O ministério admitiu, em resposta a uma pergunta do deputado João Semedo (BE) - relacionada com práticas discriminatórias dos serviços de sangue - excluir dadores de sangue masculinos que declarem ter relações homossexuais, por terem uma taxa de infecção superior à dos heterossexuais. Na resposta do ministério, afirma-se: "A necessidade de garantir que os potenciais dadores não têm comportamentos de risco que, em termos cientificamente comprovados, podem constituir uma ameaça à saúde e à vida dos potenciais beneficiários, leva à exclusão dos dadores masculinos que declarem ter tido relações homossexuais."
Henrique de Barros, coordenador nacional para a infecção VIH/sida critica a decisão da tutela, alegando que hoje "não há razões" para excluir qualquer grupo de pessoas da doação de sangue", até porque já não existem grupos de risco.
À semelhança de ouras associações, a ILGA Portugal também reagiu, lembrando que a exclusão de homossexuais masculinos como dadores "perpetua um preconceito e um estigma", além de ser uma prática discriminatória que contraria a Constituição."Em vez de perguntarem especificamente sobre comportamentos de risco, optam por uma lógica totalmente errada", lamenta Paulo Côrte-Real.
O Ministério garante que tal "necessidade" não significa uma discriminação em função da orientação sexual, mas "unicamente" um controlo sobre os comportamentos de risco dos dadores, "o que se comprova pela circunstância de os homossexuais do sexo feminino poderem ser aceites como tal".
Henrique de Barros concorda com o que chama o princípio da precaução, mas em relação a comportamentos de risco e não a grupos de risco. "Não se pode dizer que o facto de haver análises ao sangue doado torna as transfusões 100% seguras, até porque fazemos apenas as análises que conhecemos. Mas não é aceitável que se discrimine um grupo".
DN
Absurda disciminação