"Apesar de nos últimos anos se terem multiplicado os planos de intervenção nos 971 quilómetros de orla costeira, estes quase nunca passaram das boas intenções.
Há dez anos que o bairro da praia de Paramos, em Espinho, construído clandestinamente há décadas, está identificado como uma zona de risco da orla costeira. O plano de ordenamento da zona, aprovado em 1999, prevê a retirada dos cerca de cinco centenas de habitantes da bairro, mas até hoje pouco passou do papel. Mais de 30 barracas chegaram a ser demolidas e os seus moradores realojados num complexo da freguesia. Mas como o desalojamento total acabou por não se realizar, alguns acabaram por voltar ao velho bairro, ocupando terrenos deixados vazios pelas demolições.
Este é só um exemplo dos muitos que se multiplicarão ao longo dos 971 quilómetros da costa portuguesa. Há problemas identificados ao nível da preservação ambiental da costa e da segurança das populações que a habitam e frequentam e há inúmeras intervenções planeadas para os resolver. Mas elas tardam em ser executadas. E, por vezes, essa demora tem consequências trágicas, como o incidente que há uma semana vitimou mortalmente cinco pessoas na praia Maria Luísa, em Albufeira.
Uma das razões apontadas para esta demora é a multiplicidade de entidades com competência na gestão costeira. Fernando Seara, presidente da Câmara de Sintra, sintetizou o problema: "Em Sintra há demasiadas pessoas a mandar na costa e depois ninguém manda." Por causa da crónica instabilidade das arribas na praia do Magoito, Seara enumera a necessidade de intervirem a Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Tejo, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, o Parque Natural, a capitania do porto de Cascais. Este ano, a praia do Magoito não hasteou a bandeira azul: porque as arribas permanecem instáveis, apesar de a ARH do Tejo ter definido como "prioritária" uma intervenção na zona. Mas que até agora não a concretizou. (...)"
Há dez anos que o bairro da praia de Paramos, em Espinho, construído clandestinamente há décadas, está identificado como uma zona de risco da orla costeira. O plano de ordenamento da zona, aprovado em 1999, prevê a retirada dos cerca de cinco centenas de habitantes da bairro, mas até hoje pouco passou do papel. Mais de 30 barracas chegaram a ser demolidas e os seus moradores realojados num complexo da freguesia. Mas como o desalojamento total acabou por não se realizar, alguns acabaram por voltar ao velho bairro, ocupando terrenos deixados vazios pelas demolições.
Este é só um exemplo dos muitos que se multiplicarão ao longo dos 971 quilómetros da costa portuguesa. Há problemas identificados ao nível da preservação ambiental da costa e da segurança das populações que a habitam e frequentam e há inúmeras intervenções planeadas para os resolver. Mas elas tardam em ser executadas. E, por vezes, essa demora tem consequências trágicas, como o incidente que há uma semana vitimou mortalmente cinco pessoas na praia Maria Luísa, em Albufeira.
Uma das razões apontadas para esta demora é a multiplicidade de entidades com competência na gestão costeira. Fernando Seara, presidente da Câmara de Sintra, sintetizou o problema: "Em Sintra há demasiadas pessoas a mandar na costa e depois ninguém manda." Por causa da crónica instabilidade das arribas na praia do Magoito, Seara enumera a necessidade de intervirem a Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Tejo, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, o Parque Natural, a capitania do porto de Cascais. Este ano, a praia do Magoito não hasteou a bandeira azul: porque as arribas permanecem instáveis, apesar de a ARH do Tejo ter definido como "prioritária" uma intervenção na zona. Mas que até agora não a concretizou. (...)"
Público
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1398249
Este governo tem muita conversa, muitos estudos, mas a realidade, a prática deixa muito a desejar. Lamentável
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